Saber quanto custa o que é vendido permite entender se o negócio realmente está lucrando ou apenas movimentando dinheiro. É exatamente isso que o CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) revela.
Esse indicador é uma das ferramentas mais importantes da contabilidade gerencial, pois ajuda a medir o desempenho financeiro e a precificar corretamente os produtos.
Neste artigo, a São Lucas Contabilidade explica o que é o CMV, sua importância e como calcular de forma prática, além de mostrar como ele pode ajudar seu negócio a crescer com mais segurança e rentabilidade.
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Índice
ToggleO que é CMV?
O CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) é o valor total que a empresa gasta para adquirir ou produzir os produtos que foram vendidos em determinado período.
Ele mostra quanto foi necessário desembolsar para gerar o faturamento, ou seja, qual foi o custo direto das vendas.
O CMV é fundamental para apurar o lucro bruto e avaliar o desempenho financeiro, pois ele representa a relação entre o que se vende e o que se gasta para vender.
Na prática, esse cálculo ajuda a responder a perguntas como:
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“Qual é o custo real de cada produto vendido?”
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“Minhas vendas estão cobrindo os custos?”
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“Qual é a margem de lucro bruta do meu negócio?”
Essas respostas são essenciais para decisões estratégicas, como precificação, controle de estoque e planejamento de compras.
Por que o CMV é importante?
O CMV está diretamente ligado à lucratividade e à eficiência operacional da empresa. Ele influencia desde a definição de preços até a gestão de estoque e o controle financeiro.
Confira as principais razões para acompanhar esse indicador:
1. Determinação do lucro bruto: O CMV é um componente essencial do Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE). O lucro bruto é obtido pela fórmula:
Lucro Bruto = Receita Líquida – CMV
Se o CMV for muito alto em relação à receita, a empresa pode estar vendendo bastante, mas sem gerar lucro real.
2. Apoio na formação de preços: Saber quanto custa o produto vendido permite definir preços de venda competitivos e rentáveis.
Sem essa base, a precificação pode ser feita de forma intuitiva, levando a margens incorretas e perda de competitividade.
3. Controle de estoque: O cálculo do CMV depende das informações de estoque inicial, compras e estoque final. Por isso, ele ajuda a monitorar se o estoque está equilibrado ou se há desperdícios, perdas e desvios.
4. Tomada de decisões estratégicas: Com o CMV atualizado, o gestor pode identificar produtos com baixo desempenho, rever fornecedores e melhorar processos de compra e logística.
Empresas que acompanham esse indicador de perto têm mais clareza sobre seus resultados e conseguem agir antes que problemas financeiros apareçam.
Como calcular o CMV
O cálculo do CMV é feito com base em três informações principais:
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Estoque inicial: Valor do estoque no começo do período.
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Compras: Total gasto com a aquisição de mercadorias durante o período.
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Estoque final: Valor do estoque ao final do período.
A fórmula é simples:
CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final
Vamos supor que uma loja de eletrônicos apresente os seguintes dados em um mês:
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Estoque inicial: R$ 50.000
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Compras: R$ 80.000
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Estoque final: R$ 40.000
Aplicando a fórmula: CMV = 50.000 + 80.000 – 40.000 = R$ 90.000
Isso significa que a loja gastou R$ 90.000 com os produtos vendidos durante o mês.
Se o faturamento foi de R$ 150.000, o lucro bruto será: 150.000 – 90.000 = R$ 60.000
A partir desse número, é possível analisar a rentabilidade e definir estratégias para aumentar o lucro.
CMV em diferentes tipos de empresas
O conceito do CMV se aplica a diversos segmentos, mas de maneiras diferentes conforme a natureza do negócio.
1. Comércio
No comércio, o CMV considera apenas o valor das mercadorias compradas e vendidas. É o modelo mais simples de cálculo, muito usado por lojas físicas e e-commerces.
Exemplo: supermercados, lojas de roupas e papelarias.
2. Indústria
Nas indústrias, o cálculo é um pouco mais complexo, pois envolve custos de produção, como matérias-primas, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação.
Nesse caso, o indicador é chamado de CPV (Custo dos Produtos Vendidos), mas o conceito é o mesmo: determinar o custo real do que foi produzido e vendido.
3. Prestadores de serviço
Para empresas que não vendem produtos, o CMV dá lugar ao CSP (Custo dos Serviços Prestados), que considera despesas variáveis diretamente relacionadas à execução dos serviços, como materiais, insumos e mão de obra técnica.
Diferença entre CMV e custo de aquisição
É comum confundir o CMV com o custo de aquisição, mas há uma diferença importante:
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Custo de aquisição: Corresponde ao valor total das compras de mercadorias, incluindo impostos e despesas de transporte, independentemente de terem sido vendidas.
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CMV: Considera apenas as mercadorias efetivamente vendidas no período.
Por isso, o CMV é sempre menor ou igual ao custo de aquisição, já que parte do estoque ainda pode estar armazenada para venda futura.
O papel da contabilidade no controle do CMV
Uma contabilidade especializada tem papel essencial no cálculo e no acompanhamento do CMV.
Com o apoio da São Lucas Contabilidade, é possível:
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Registrar corretamente estoques e compras;
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Apurar o CMV com precisão;
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Gerar relatórios financeiros e de desempenho;
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Planejar estratégias de precificação e redução de custos;
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Acompanhar o DRE e identificar oportunidades de lucro.
Com dados contábeis atualizados e confiáveis, o empresário passa a tomar decisões baseadas em indicadores reais, e não apenas em percepções.
Conclusão
O CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) é um dos indicadores mais importantes para avaliar a saúde financeira e a lucratividade de um negócio.
Na prátca, ele mostra o custo real das vendas e serve de base para decisões estratégicas sobre preços, estoque e margem de lucro.
Com um controle eficiente e acompanhamento contábil, é possível reduzir custos, otimizar processos e aumentar a rentabilidade.
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