Muitos empreendedores acreditam que o custo de abrir uma empresa é o maior desafio, mas na prática, manter um CNPJ ativo exige planejamento financeiro constante.
Mesmo que a empresa não esteja faturando, existem despesas fixas, tributos e obrigações que precisam ser cumpridos mensalmente para evitar multas e a exclusão de regimes como o Simples Nacional.
Neste artigo, a São Lucas Contabilidade explica detalhadamente quanto custa manter um CNPJ ativo, quais são os principais gastos envolvidos e como reduzir custos de forma legal e segura.
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Índice
ToggleO que significa manter um CNPJ ativo
Ter um CNPJ ativo não se resume apenas a possuir um número cadastrado na Receita Federal. Significa que a empresa está regular perante os órgãos fiscais, previdenciários e municipais, cumprindo todas as suas obrigações contábeis e tributárias.
Mesmo que não haja movimentação financeira, o empresário precisa manter a contabilidade atualizada, enviar declarações e pagar impostos mínimos. Isso garante que o CNPJ continue válido e evita problemas como:
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Suspensão ou baixa automática do CNPJ;
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Multas por omissão de declarações;
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Impedimento para emitir notas fiscais;
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Dificuldades em abrir conta bancária ou obter crédito.
Portanto, manter o CNPJ ativo é essencial para a saúde fiscal e jurídica da empresa, mesmo em períodos de baixa atividade.
Custos básicos para manter um CNPJ
Os custos para manter um CNPJ ativo variam conforme o porte da empresa, o regime tributário e o tipo de atividade exercida. Ainda assim, é possível classificar as principais despesas fixas mensais em cinco categorias: contábeis, tributárias, trabalhistas, bancárias e administrativas.
1. Honorários contábeis
Todo CNPJ precisa de um contador. Mesmo o MEI (Microempreendedor Individual) tem obrigações que podem demandar apoio profissional, especialmente quando há movimentações mais complexas.
Os honorários contábeis cobrem atividades como:
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Emissão de guias de impostos;
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Envio de declarações fiscais;
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Escrituração contábil e fiscal;
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Orientação tributária e regularizações.
O valor varia conforme o tipo e porte da empresa:
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MEI: de R$ 100 a R$ 200 mensais (quando há contador contratado);
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Microempresa (ME): de R$ 300 a R$ 700 mensais;
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Empresa de pequeno porte (EPP): a partir de R$ 700, podendo ultrapassar R$ 1.000 conforme o volume de lançamentos e número de funcionários.
Com a São Lucas Contabilidade, o empresário tem atendimento digital e personalizado, pagando apenas pelos serviços que realmente utiliza.
2. Tributos mensais
Mesmo sem faturamento, as empresas precisam recolher alguns tributos básicos. O valor varia de acordo com o regime tributário e a atividade (comércio, serviço ou indústria).
MEI
O MEI paga mensalmente o DAS-MEI, que reúne:
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INSS: R$ 70,60 (5% do salário mínimo em 2025);
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ISS ou ICMS: R$ 5 a R$ 6, conforme o tipo de atividade.
Custo total médio: cerca de R$ 75 por mês.
Simples Nacional
Empresas optantes pelo Simples Nacional pagam o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que inclui IRPJ, CSLL, PIS, Cofins, ISS e ICMS.
O valor é calculado sobre o faturamento mensal, com alíquotas que variam entre:
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4% a 11,12% para comércio;
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6% a 19,5% para serviços;
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4,5% a 15,5% para indústria.
Mesmo sem faturamento, o envio da DASN-SIMEI (no caso do MEI) e da DEFIS (para ME e EPP) continua obrigatório.
Lucro Presumido e Lucro Real
Empresas fora do Simples têm estrutura tributária mais complexa, com impostos pagos separadamente:
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IRPJ e CSLL: 15% e 9% sobre o lucro presumido;
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PIS e Cofins: 3,65% (cumulativo) ou 9,25% (não cumulativo);
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ISS ou ICMS: de 2% a 5%, conforme a atividade e município.
Custo mínimo médio: R$ 800 a R$ 1.500 mensais, mesmo sem movimentação, apenas para cumprir obrigações acessórias.
3. Encargos trabalhistas
Se a empresa possui funcionários, é preciso incluir os encargos sobre a folha de pagamento. Entre eles estão:
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INSS patronal: 20% sobre o salário;
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FGTS: 8%;
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Férias + 13º salário: proporcional ao ano;
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SESC, SENAI, Sistema “S” e outras contribuições: até 5,8% adicionais.
Ou seja, um funcionário com salário de R$ 2.000 pode custar cerca de R$ 2.800 por mês ao empregador.
Para micro e pequenas empresas, um BPO de folha de pagamento com a São Lucas Contabilidade ajuda a calcular e otimizar esses encargos corretamente.
4. Custos bancários e operacionais
Além dos impostos e da contabilidade, há pequenas despesas que também fazem parte da manutenção do CNPJ, como:
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Conta PJ: tarifas mensais entre R$ 30 e R$ 70 (ou gratuitas em bancos digitais);
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Certificado digital: cerca de R$ 200 por ano;
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Emissão de notas fiscais eletrônicas (NFS-e): custo variável, dependendo do sistema utilizado;
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Alvarás e licenças: taxas municipais e estaduais renovadas periodicamente.
Esses custos são menores, mas devem ser considerados no planejamento anual.
5. Obrigações acessórias
Mesmo sem faturar, a empresa precisa entregar declarações periódicas à Receita Federal e demais órgãos:
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DCTFWeb (para quem tem funcionários);
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EFD-Reinf;
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DEFIS ou ECF;
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RAIS e eSocial;
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Declaração de faturamento anual (MEI).
A não entrega dessas obrigações pode gerar multas que variam de R$ 200 a R$ 1.500 por documento, além de bloquear o CNPJ no sistema da Receita.
Quanto custa manter um CNPJ inativo
Muitos empreendedores acreditam que deixar o CNPJ “parado” significa não ter custos, mas não é bem assim. Mesmo inativa, a empresa precisa manter algumas obrigações em dia:
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Entrega de declarações de inatividade (DCTF e ECF inativa);
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Pagamento de eventuais taxas municipais e estaduais;
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Manutenção do certificado digital válido;
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Honorários mínimos de contador para envio das declarações obrigatórias.
O custo médio para manter um CNPJ inativo fica entre R$ 150 e R$ 300 por mês, dependendo do regime tributário.
Caso o empresário decida não manter essas obrigações, o CNPJ pode ser baixado automaticamente após 5 anos de inatividade, com dívidas migradas para o CPF do sócio.
Como reduzir os custos para manter um CNPJ ativo
Manter uma empresa regularizada não precisa ser caro — basta adotar boas práticas de gestão contábil e financeira. Confira algumas dicas:
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Avalie o regime tributário: uma simples troca de regime pode reduzir os impostos em até 30%.
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Revise enquadramentos e CNAEs: muitas vezes a empresa está pagando mais por um código de atividade incorreto.
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Use um sistema de gestão integrado: automatizar notas, fluxo de caixa e relatórios evita erros e retrabalhos.
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Conte com uma contabilidade digital: escritórios como a São Lucas oferecem planos personalizados, com custos menores e atendimento remoto.
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Evite atrasos: multas por omissão de declarações podem custar mais caro que os impostos mensais.
Vale a pena manter o CNPJ mesmo sem movimentação?
Sim. Manter o CNPJ ativo é importante para preservar a regularidade fiscal e o histórico empresarial. Mesmo sem faturar, ele pode ser útil para:
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Emitir notas fiscais futuras sem necessidade de reabertura;
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Participar de licitações ou parcerias comerciais;
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Solicitar crédito bancário;
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Manter a empresa pronta para retomada das atividades.
Baixar o CNPJ e abrir outro depois pode gerar mais custos e burocracia do que mantê-lo ativo com despesas mínimas.
O papel da contabilidade na manutenção do CNPJ
Contar com uma assessoria contábil é essencial para manter o CNPJ ativo sem pagar mais do que o necessário. O contador cuida de toda a parte fiscal, trabalhista e legal, além de orientar sobre estratégias para reduzir impostos e regularizar pendências.
A São Lucas Contabilidade oferece soluções sob medida para cada tipo de empresa, com atendimento digital, suporte humanizado e foco na economia tributária.
Conclusão
Manter um CNPJ ativo envolve custos fixos, mesmo que a empresa não esteja faturando. Entre impostos, honorários contábeis, taxas e obrigações acessórias, o valor mensal pode variar de R$ 100 (para MEIs) a mais de R$ 1.000 (para empresas em regimes complexos).
Mas com o acompanhamento de uma contabilidade experiente e estratégica, é possível reduzir gastos, evitar multas e manter o negócio sempre regularizado.
Se você quer entender quanto custa manter seu CNPJ ativo e encontrar a melhor forma de reduzir despesas legais, fale com a São Lucas Contabilidade.
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