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E-commerce no Lucro Presumido: quando compensa sair do Simples Nacional?

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E Commerce No Lucro Presumido Quando Compensa Sair Do Simples Nacional - Contabilidade em São Bernardo do Campo - SP

Será que vale a pena ter um e-commerce no Lucro Presumido? O comércio eletrônico cresceu de forma acelerada nos últimos anos e se consolidou como uma das principais formas de consumo dos brasileiros.

Nesse cenário, empreendedores que atuam com lojas virtuais, marketplaces e vendas online precisam de uma gestão tributária eficiente para não comprometer a lucratividade do negócio.

Grande parte dos e-commerces começa sua trajetória no Simples Nacional, por ser um regime tributário simplificado e de fácil adesão. Porém, à medida que a empresa cresce, os limites e regras do Simples podem deixar de ser vantajosos. Nesse momento, surge a dúvida: vale a pena migrar para o Lucro Presumido?

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Como funciona o Simples Nacional para e-commerce?

O Simples Nacional é um regime simplificado de tributação voltado para micro e pequenas empresas com faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano.

No caso do e-commerce, as empresas se enquadram no Anexo I. A alíquota inicial do Simples, para empresas enquadradas neste anexo é de 4%. 

Veja a tabela abaixo:

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 4,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% R$ 5.940,00
De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% R$ 13.860,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% R$ 22.500,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% R$ 87.300,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% R$ 378.000,00

Vale destacar, que considerando os valores da coluna “Valor a deduzir”, a alíquota efetiva máxima do Simples Nacional para e-commerces, é de 11,12% sobre o faturamento, ou seja, essa é a alíquota cobrada das lojas que alcançam o teto de faturamento do regime.

No entanto, como e-commerces costumam operar com alto faturamento e margam de lucro reduzida, essa pode não ser a opção tributária mais econômica.

Dentre as vantagens do Simples Nacional, podemos destacar:

  • Recolhimento unificado em guia única (DAS);

  • Menor burocracia no cumprimento de obrigações acessórias;

  • Carga tributária inicial reduzida para pequenos negócios.

Limitações do Simples Nacional:

  • O teto de R$ 4,8 milhões/ano pode ser rapidamente atingido por e-commerces em crescimento;

  • A inclusão do ICMS-ST e do Substituto Tributário pode aumentar significativamente a carga tributária;

  • Empresas que vendem em marketplaces sofrem retenções que nem sempre são compensadas dentro do Simples;

  • O regime não permite utilização de créditos de PIS e COFINS, o que pode ser desvantajoso para quem compra muito de fornecedores tributados no Lucro Real ou Presumido.

Como funciona o Lucro Presumido para e-commerce?

O Lucro Presumido é um regime tributário voltado para empresas com faturamento de até R$ 78 milhões por ano. Nesse regime, o lucro é calculado com base em um percentual fixo aplicado sobre a receita bruta, variando conforme a atividade.

Para comércio e e-commerce, a carga de impostos federais é de 5,93% sobre o faturamento, e além disso, há também o ICMS, imposto estadual, cuja alíquota pode variar de estado para estado e de acordo com o tipo de mercadoria comercializada.

Vantagens do Lucro Presumido:

  • Limite de faturamento bem maior em relação ao Simples (R$ 78 milhões);

  • Possibilidade de melhor gestão do ICMS em operações interestaduais;

  • Boa previsibilidade tributária, já que os percentuais de presunção são fixos;

  • Em alguns casos, carga tributária menor do que no Simples, especialmente para margens de lucro mais altas.

Desvantagens do Lucro Presumido:

  • Obrigações acessórias mais complexas;

  • Necessidade de controles contábeis mais robustos.

Principais impostos no e-commerce

Tanto no Simples quanto no Lucro Presumido, os e-commerces estão sujeitos a uma série de tributos. Os principais são:

  • IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica);

  • CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido);

  • PIS e COFINS;

  • ICMS (comércio de mercadorias);

O impacto desses tributos varia conforme o regime de tributação escolhido, o tipo de mercadoria vendida e o estado em que se encontra o cliente.

Quando compensa sair do Simples Nacional?

A decisão de migrar do Simples Nacional para o Lucro Presumido deve considerar diversos fatores, e não apenas o faturamento. Alguns dos principais pontos de análise são:

Faturamento próximo ou acima do limite do Simples: Empresas de e-commerce que faturam próximo a R$ 4,8 milhões/ano podem ultrapassar o teto do Simples, obrigando a migração.

Margens de lucro maiores: No Lucro Presumido, a tributação é calculada sobre percentuais fixos, e não sobre o lucro real. Isso pode ser vantajoso para e-commerces com margens acima de 20%, por exemplo.

Alto impacto do ICMS-ST: No Simples Nacional, muitas vezes o ICMS-ST não é compensado, aumentando os custos. Já no Lucro Presumido, a empresa pode estruturar melhor essa questão.

Operações em marketplaces: Plataformas como Mercado Livre, Amazon e Magalu realizam retenções de tributos que nem sempre são aproveitadas dentro do Simples. No Lucro Presumido, a compensação pode ser mais eficiente.

Possibilidade de créditos tributários: Empresas no Lucro Presumido podem se beneficiar da gestão de créditos de ICMS em suas compras, algo indisponível no Simples.

Pontos de atenção ao migrar para o Lucro Presumido

Apesar das vantagens, migrar para o Lucro Presumido exige planejamento. Alguns cuidados importantes:

  • Avaliar o regime em conjunto com uma contabilidade especializada em e-commerce;

  • Realizar simulações antes de optar pela mudança;

  • Considerar os custos adicionais com obrigações acessórias;

  • Analisar a complexidade da operação (ex.: vendas interestaduais, importações).

O papel da contabilidade na decisão

O apoio de uma contabilidade especializada em e-commerce é fundamental para escolher o melhor regime tributário. O contador pode:

  • Realizar simulações comparativas entre Simples e Lucro Presumido;

  • Avaliar a margem de lucro real do negócio;

  • Estruturar a gestão do ICMS, PIS e COFINS;

  • Garantir o cumprimento de todas as obrigações fiscais e acessórias.

Conclusão

O Simples Nacional é, sem dúvida, um regime atrativo para pequenos e-commerces em início de operação. Porém, conforme o negócio cresce, pode deixar de ser a opção mais econômica.

Em muitos casos, especialmente para empresas com faturamento elevado, margens de lucro maiores e atuação em marketplaces, o Lucro Presumido se mostra mais vantajoso, reduzindo a carga tributária e oferecendo mais possibilidades de gestão fiscal.

Para tomar a melhor decisão, o ideal é contar com o suporte de uma contabilidade especializada, que conheça as particularidades do e-commerce e seja capaz de identificar o momento certo para migrar de regime.

👉 Se você tem um e-commerce e deseja saber se está pagando mais impostos do que deveria, fale com a São Lucas Contabilidade e descubra qual regime é mais vantajoso para o seu negócio.

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