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Reforma tributária no e-commerce: o que muda na cobrança de impostos

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Nesse artigo você vai ver:
Reforma Tributária No E Commerce O Que Muda Na Cobrança De Impostos - Contabilidade em São Bernardo do Campo - SP

A reforma tributária está chegando e vai transformar profundamente a rotina de quem vende pela internet.

Se você tem e-commerce, loja virtual, marketplace, atua com SaaS, infoprodutos ou assinaturas, precisa entender o que vai mudar, especialmente na forma como o imposto será cobrado e no impacto direto no fluxo de caixa.

A partir de 2026, começa a transição para um novo modelo de tributação sobre consumo no Brasil, com foco na simplificação, unificação e maior rastreabilidade das operações digitais. E o e-commerce está entre os setores mais impactados.

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O que muda com a reforma tributária para o e-commerce?

Hoje, quem vende pela internet lida com uma combinação complexa de tributos:

  • ICMS (estadual)

  • IRPJ, CSLL, PIS, COFINS (federais)

Com a reforma tributária, esse cenário passa por mudanças, já que ICMS, PIS e COFINS serão substituídos por dois novos tributos:

  • IBS – Imposto sobre Bens e Serviços (substitui e unifica ICMS e ISS)

  • CBS – Contribuição sobre Bens e Serviços (substitui e unifica o PIS, COFINS e IPI)

Ambos serão tributos não cumulativos, ou seja, com destaque do imposto na nota fiscal e direito a crédito sobre os insumos utilizados na operação.

Na prática, isso significa, que as compras de mercadorias, vão gerar créditos que, por sua vez, serão utilizados abater, ou seja, reduzir os impostos nas vendas.

Dessa forma, o modelo tributário brasileiro caminha para algo mais próximo de um IVA moderno, já utilizado em outros países.

O modelo de IVA Dual: IBS + CBS explicado de forma simples

A reforma não extingue os tributos antigos de uma vez. Ela cria um período de transição e estabelece um modelo chamado IVA Dual.

IBS — Imposto sobre Bens e Serviços

  • Substitui / unifica ICMS e ISS

  • Abrange bens, serviços e direitos

  • Será cobrado no estado/destino do consumidor

  • Terá alíquota uniforme para cada estado/município

CBS — Contribuição sobre Bens e Serviços

  • Substitui / unifica PIS, COFINS e IPI

  • Incide sobre a receita bruta

  • Terá alíquota federal única

O imposto destacado na nota poderá ser abatido nas compras, desde que os insumos sejam vinculados à atividade-fim da empresa. Isso exige análises técnicas e uma boa organização fiscal.

No entanto, por outro lado, essa pode ser uma excelente oportunidade para pagar menos impostos, principalmente, em negócios que possuem custos significativos com compras de mercadorias, como é o caso dos e-commerces.

Quando a reforma tributária começa a valer?

A implementação da reforma tributária será gradual. Veja a previsão oficial:

Ano O que acontece
2026 IBS e CBS começam a aparecer nas notas com alíquotas simbólicas
2027 Início da cobrança efetiva da CBS
2026 a 2033 Transição gradual do ICMS e ISS para o IBS
2033 Extinção total dos tributos atuais sobre consumo

Sendo assim, os próximos anos serão de convivência entre dois sistemas tributários. Isso exige planejamento e atenção à parte fiscal.

O que é split payment e como ele afeta o e-commerce

Se IBS e CBS mudam o que é cobrado, o split payment muda como o imposto é recolhido.

Hoje, o lojista recebe o valor da venda, calcula os tributos e paga depois. Com a reforma tributária, a lógica será diferente:

O cliente paga, o sistema divide automaticamente o valor e repassa diretamente ao governo a parte correspondente ao imposto.

Isso significa:

  • O vendedor já recebe o valor líquido, após retenções

  • O imposto deixa de “passar pelo caixa da empresa”

  • O controle fiscal será automatizado pelos meios de pagamento e marketplaces

  • O fluxo de caixa do e-commerce muda completamente

Sistemas de pagamento, como gateways, adquirentes e subadquirentes, terão papel central nessa transição.

Quem utiliza plataformas de checkout, apps, wallets digitais e intermediação financeira deve acompanhar essa evolução de perto.

Todas as empresas serão afetadas, inclusive e-commerces no Simples Nacional

É importante reforçar: essa não é uma mudança apenas para grandes empresas. Todos os negócios serão impactados, seja eles, físicos ou digitais.

Veja alguns exemplos de negócios que podem sofrer grandes impactos:

  • E-commerces próprios (B2B e B2C)

  • Marketplaces e plataformas de intermediação

  • Serviços de SaaS, assinaturas e infoprodutos

  • Profissionais autônomos digitais

  • Restaurantes e delivery por aplicativo

  • Academias, salões e estúdios de estética

  • Empresas de tecnologia e startup SaaS

  • Profissionais liberais, em geral.

Além disso, quem está no Simples Nacional precisa ter atenção especial. As plataformas de pagamento serão obrigadas a repassar informações de IBS e CBS para os órgãos fiscais, o que pode alterar a forma de apuração do DAS e impactar o cálculo da receita bruta.

Vendas em marketplaces precisam ter atenção redobrada

Quem vende em marketplaces terá mudanças significativas:

  • O marketplace poderá precisar reter e recolher os tributos automaticamente

  • O repasse líquido ao vendedor pode vir menor

  • Os relatórios fiscais precisarão ser cruzados com os dados internos

  • A precificação por canal de venda se tornará indispensável

Isso torna essencial uma gestão por canal e a criação de políticas claras de precificação, margem líquida e planejamento tributário.

Como começar a se preparar para a reforma tributária

1. Mapeie todos os canais de venda e meios de pagamento: Entenda por onde seus recebimentos entram e quem poderá aplicar o split payment.

2. Revise seu cadastro de produtos e NCM: O IBS/CBS dependerão diretamente da classificação correta de mercadorias e serviços.

3. Fortaleça o planejamento tributário: Pode ser mais vantajoso sair do Simples Nacional? Vale migrar para o Lucro Presumido? É hora de simular cenários.

4. Prepare sistemas e integrações: ERP, marketplace e meios de pagamento precisam conversar entre si.

5. Conte com uma contabilidade especializada em e-commerce: Este não é um momento para improviso, a transição exige estratégia.

Conclusão

A reforma tributária não deve ser vista como ameaça, mas como oportunidade para estruturar a operação com mais eficiência. O e-commerce mais preparado terá:

  • Dados mais organizados

  • Custos mais previsíveis

  • Gestão fiscal inteligente

  • Espaço para escalar com segurança

Se você tem uma loja virtual e quer se antecipar às mudanças tributárias, a São Lucas Contabilidade pode estruturar um plano específico para o seu e-commerce, considerando regime tributário, fluxo de caixa, sistemas e margem de lucro real por canal de venda.

👉 Use a reforma tributária como aliado para tornar seu e-commerce mais rentável, e não apenas como mais uma obrigação fiscal.

Para começar a preparação do seu negócio, entre em contato conosco e fale com um dos nossos especialistas!

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