Antes de se tornar primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama nunca tinha tido a ambição de atuar na cena pública.
Quatro anos depois, no entanto, a reeleição de seu marido, o presidente Barack Obama, se deve também à popularidade de Michelle, que aprendeu a lidar com os holofotes.
Pesquisas realizadas antes das eleições apontavam que a popularidade da primeira-dama superam, inclusive, a do próprio presidente.
Segundo o instituto Gallup, Michelle Obama mantém uma popularidade média dos 66% desde 2010, acima dos 47% de Barack Obama e Mitt Romney.
Discreta desde o início de mandato de Obama, Michelle fez questão de destacar que sua principal função era como mãe de Malia e Sasha, as duas filhas adolescentes do casal.
Na política, ela evitou polêmicas e abraçou como principal causa o combate da obesidade infantil, com a campanha “Let’s Move!” (“Vamos nos Mexer!”) – Michelle já chegou a levar crianças para mostrar os legumes e verduras da horta da Casa Branca.
Outra causa popular à qual ela se dedica é a ajuda às famílias de militares.
A atenção com as crianças reforça a imagem positiva de uma mãe de família, que ganha a identificação – e a admiração – dos eleitores.
“Ela [Michelle] teve papel chave na campanha, prestou um serviço importante ao seu marido.
Quando ele fazia campanha para o Senado, ela não tinha tanto interesse em política, mas se tornou um verdadeiro trunfo para ele, e é uma primeira-dama extremamente popular.
Tivemos muitas primeiras-damas populares: Jacqueline Kennedy, Betty Ford, Laura Bush, Barbara Bush… Todas elas tinham um objetivo definido.
No caso de Michelle, ela está fazendo um bom trabalho com os jovens, e servindo de modelo como mãe”,
avaliou Sandy Maisel, professor de governo da Colby University, no estado americano de Maine, que atualmente dá aulas de estudos americanos na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Nos palanques
Pouco a pouco, a “mãe” Michelle foi assumindo sua importância na campanha do marido.
Às vésperas das eleições, o Partido Democrata precisou dividir suas forças entre os estados em que a disputa era mais acirrada.
Enquanto Barack Obama estava pessoalmente em Ohio, o candidato a vice, Joe Biden, foi à Virgínia e o ex-presidente Bill Clinton viajou à Pensilvânia.
Na divisão, o carisma de Michelle Obama se dirigiu ao sul, aos estados da Carolina do Norte e da Flórida – o mais disputado e valioso dos indecisos, com o quarto maior colégio eleitoral do país.
À noite, ela ainda conseguiu encontrar com o marido nos palanques de Iowa, onde a campanha se encerrou.
Além disso, Michelle acompanhou o marido em outras viagens, ajudou a captar fundos para a campanha democrata e deu entrevistas simpáticas na televisão – como ao “Late Show”, apresentado por David Letterman.
Tanto esforço justificou os agradecimentos de Barack Obama à família no discurso da vitória, em Chicago – terra natal da própria Michelle.
“Eu não seria o homem que sou hoje sem a mulher que aceitou se casar comigo 20 anos atrás.
Permitam-me dizer isso publicamente: Michelle, eu nunca te amei tanto.
Nunca tive tanto orgulho de ver o resto do país se apaixonar por você também, como a primeira-dama da nossa nação.
Sasha e Malia, diante de nossos olhos, vocês estão crescendo e se tornando duas jovens fortes, inteligentes e lindas, como a mãe de vocês.
Estou muito orgulhoso de vocês. Mas devo dizer que, por enquanto, um cachorro é o suficiente”,
afirmou o presidente reeleito, arrancando risadas do público.
Os 20 anos de casamento do presidente, aliás, não puderam ser festejados de forma romântica pelo casal, já que a data caiu em plena campanha presidencial, no último sábado (3).
Assim que a reeleição foi confirmada, Obama postou uma foto com a esposa nas redes sociais.
Trajetória
Michelle nasceu em 17 de janeiro de 1964, em um apartamento de um quarto em South Side, bairro pobre de Chicago.
Seus pais sempre a estimularam a se superar e a conquistar a educação que eles não puderam ter.
Aluna brilhante, ela ganhou bolsa em uma escola especial de Chicago, e depois se formou em Sociologia, em Princeton, e Direito, em Harvard.
Quando deixou Harvard, ela começou a trabalhar em um famoso escritório de advogados de Chicago, onde alguns anos depois conheceu Barack,
um tipo “realmente diferente que, além de ser simpático e bonito, mostra um compromisso e uma seriedade que não se encontra frequentemente”,
confessou ter pensado depois que ele a convidou para um evento comunitário.
O primeiro beijo entre os dois aconteceu do lado de fora de uma sorveteria de Chicago, em 1989.
Em agosto deste ano, o local ganhou uma placa comemorativa em que diz:
“Neste local, o presidente Barack Obama beijou pela primeira vez Michelle Obama”.
Os dois se casaram em 1992.
Em 1996, Michelle deixou o setor privado e começou a trabalhar na Universidade de Chicago, onde desenvolveu um programa social.
Dois anos depois, nasceu a primeira filha do casal, Malia. A segunda, Sasha, nasceu em 2001.
Ela só aceitou que seu marido concorresse pela nomeação à candidatura presidencial democrata em 2007, após cogitar minuciosamente os efeitos da campanha em sua família.
E não é que ele levou a eleição, roubou nossos corações, e me fala; QUEM NÃO GOSTARIA DE SER ESSE CASAL!
Michele é Obama formam uma dupla e tanto e fecham com chave de ouro nossa semana de homenagens!
Espero que você tenha se inspirado e entendido que SIM É POSSÍVEL! ou como fala nosso Barack Obama: YES WE CAN!