Entender qual o regime tributário mais econômico para agências de marketing exige muito mais que analisar apenas o faturamento, mas também o tipo de serviço prestado, o quadro de funcionários e as particularidades de cada opção prevista na legislação.
Neste guia completo, você vai conhecer as principais alternativas de regime tributário no Brasil, entender como cada uma funciona e descobrir os fatores que influenciam na escolha da opção mais vantajosa para agências de marketing.
Índice
TogglePor que a escolha do regime tributário é decisiva
O regime tributário define as regras para o cálculo e pagamento de impostos da empresa. Ele afeta diretamente a carga tributária, o fluxo de caixa e a capacidade de crescimento.
Quer ajuda para abrir uma empresa ou ter um CNPJ?
A São Lucas pode ajudar você na abertura de sua empresa, deixe seus dados e nossos especialistas entrarão em contato.
Para agências de marketing, que geralmente lidam com serviços de publicidade, gestão de tráfego, criação de campanhas e consultoria digital, a correta definição do regime é essencial para evitar pagamento excessivo de impostos.
Uma escolha equivocada pode significar milhares de reais gastos a mais em tributos a cada ano. Por isso, antes de decidir qual o regime mais econômico, é fundamental entender como cada modelo funciona.
Principais regimes tributários disponíveis
No Brasil, as empresas podem optar entre três regimes tributários: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.
Cada um tem características próprias, com vantagens e desvantagens que precisam ser avaliadas de acordo com o perfil da agência de marketing.
Simples Nacional
O Simples Nacional é um regime simplificado criado para micro e pequenas empresas. Ele unifica diversos tributos em uma única guia de pagamento (DAS) e oferece alíquotas progressivas de acordo com a faixa de faturamento.
Para agências de marketing, a tributação ocorre pelo Anexo III ou V, dependendo do enquadramento no Fator R, que considera a relação entre a folha de pagamento e o faturamento.
-
Anexo III: Alíquotas iniciais a partir de 6%.
-
Anexo V: Alíquotas iniciais a partir de 15,5%.
Se a folha de pagamento representar mais de 28% da receita bruta, a agência pode ser enquadrada no Anexo III, com alíquotas bem menores. Caso contrário, fica no Anexo V, que é mais caro.
Vantagens do Simples Nacional:
-
Unificação dos tributos em uma única guia.
-
Menor burocracia para cumprir obrigações fiscais.
-
Possibilidade de alíquota inicial mais baixa no Anexo III.
Desvantagens:
-
Limite de faturamento de R$ 4,8 milhões por ano.
-
Dependência do Fator R para se manter no Anexo III e garantir alíquotas mais econômicas.
Lucro Presumido
O Lucro Presumido é indicado para empresas com faturamento anual de até R$ 78 milhões. Nele, o cálculo dos impostos é feito a partir de uma presunção de lucro determinada pela Receita Federal, que para empresas de prestação de serviços geralmente é de 32% da receita bruta.
Sobre essa base presumida, aplicam-se as alíquotas de:
-
IRPJ: 15% + 10% de adicional sobre lucro que exceder R$ 60 mil por trimestre.
-
CSLL: 9%.
Além disso, incidem:
-
PIS: 0,65%.
-
COFINS: 3%.
-
ISS: de 2% a 5%, dependendo do município.
Apesar da base de cálculo presumida de 32%, para agências de marketing com margens de lucro reais superiores a esse percentual, o Lucro Presumido pode ser bastante vantajoso.
Vantagens do Lucro Presumido:
-
Cálculo simplificado em relação ao Lucro Real.
-
Possibilidade de carga tributária menor quando a margem real de lucro é alta.
-
Menos dependência de variáveis como o Fator R.
Desvantagens:
-
Não permite deduzir despesas operacionais para reduzir a base de cálculo.
-
Exige cumprimento de mais obrigações acessórias que o Simples.
Lucro Real
O Lucro Real é obrigatório para empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões anuais, mas também pode ser escolhido por qualquer empresa.
Nesse regime, os impostos são calculados sobre o lucro líquido efetivo, ou seja, receita menos despesas dedutíveis.
As alíquotas são as mesmas do Lucro Presumido para IRPJ e CSLL, mas com a diferença de que incidem sobre o lucro real obtido. Também há incidência de PIS (1,65%), COFINS (7,6%) e ISS.
Vantagens do Lucro Real:
-
Ideal para empresas com margens de lucro reduzidas, já que a tributação é sobre o lucro líquido.
-
Permite aproveitar créditos de PIS e COFINS.
-
Mais adequado para agências com despesas elevadas e lucros menores.
Desvantagens:
-
Exige maior controle contábil e mais burocracia.
-
Custos de contabilidade geralmente mais altos.
Comparando os regimes: qual é o mais econômico?
Para determinar qual o regime tributário mais econômico para agências de marketing, é preciso avaliar o faturamento, a folha de pagamento e a margem de lucro da empresa.
Fatores que influenciam na escolha do regime tributário
Além do faturamento e da margem de lucro, outros elementos devem ser avaliados para identificar qual o regime tributário mais econômico para agências de marketing:
-
Estrutura de custos e despesas operacionais.
-
Número de funcionários e valor da folha de pagamento.
-
Localização e alíquota de ISS do município.
-
Previsão de crescimento para os próximos anos.
-
Possibilidade de utilização de créditos tributários.
Uma análise detalhada do fluxo de caixa e da projeção de resultados é indispensável para tomar a melhor decisão.
Planejamento tributário: o caminho para a economia
Independentemente do regime escolhido, o planejamento tributário é a ferramenta mais eficiente para garantir economia de impostos. Ele consiste em estudar o negócio, simular cenários e identificar a forma mais vantajosa de tributação para a agência.
O planejamento deve ser feito com o apoio de um contador especializado em agências de marketing, que compreenda as particularidades do setor e esteja atualizado com as mudanças da legislação tributária.
Conclusão
Não existe uma resposta única para a pergunta “qual o regime tributário mais econômico para agências de marketing”, pois tudo depende da realidade de cada empresa.
Em geral, o Simples Nacional é mais vantajoso para agências com faturamento reduzido e boa relação folha/faturamento para enquadramento no Anexo III.
Já o Lucro Presumido pode ser a melhor escolha para empresas com margens de lucro elevadas e um bom faturamento, enquanto o Lucro Real é indicado para aquelas com lucro reduzido ou com possibilidade de aproveitar créditos tributários.
O mais importante é contar com uma contabilidade especializada, capaz de realizar um planejamento tributário personalizado, que avalie todos os números da sua agência e encontre a alternativa mais econômica e segura para o crescimento do seu negócio.
Conte com o apoio de especialistas para economizar no pagamento de impostos, e lucrar mais! Entre em contato com o time da São Lucas Contabilidade!